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O que é patriotismo e nacionalismo

Latos Simys
Latos Simys junho 7, 2024 15 Min Read
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O presidente Jair Bolsonaro costuma recorrer ao patriotismo para dizer que os críticos de seu modo de governar não são adversários dele, mas do Brasil. Essa visão, difundida desde a campanha eleitoral de 2018 sob o slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, foi apresentada ao mundo em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, em setembro de 2019.

No púlpito da ONU, o presidente do Brasil anunciou: “apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo.” Para Bolsonaro, a esquerda é inimiga do país; e o presidente e seus seguidores colocam quase todo espectro político brasileiro à sua esquerda.

Bolsonaro disse ainda: “não estamos aqui para apagar nacionalidades e soberanias em nome de um ‘interesse global’ abstrato. Esta não é a organização do interesse global”, mostrando outra de suas prioridades na agenda de política externa: a afirmação do nacionalismo contra o que ele chama de “ globalismo ”.

Para entender as ideias de patriotismo e nacionalismo, e como ela vem sendo usada recentemente por líderes de extrema direita como Bolsonaro, o Nexo entrevistou na quinta-feira (7), por e-mail, Daniel Gomes de Carvalho , que é doutor em História Social pela USP (Universidade de São Paulo), professor e pesquisador na área de História Moderna na UnB (Universidade de Brasília), e autor do livro “ Filosofia para Mortais ”.

“Momentos de crise, como na atualidade, são mais permeáveis a essas formas de discurso nacionalistas, especialmente por eles fornecerem respostas simples a problemas tão complexos quanto os nossos. Certamente, é mais confortável acreditar que os problemas de nosso país foram causados por um único partido em poucos anos do que tentar entender que as razões, na verdade, são múltiplas e variadas”, disse Carvalho, que fez um recuo no tempo para mostrar as raízes desse pensamento.

O que é patriotismo e o que é nacionalismo?

DANIEL GOMES DE CARVALHO Embora as duas ideias se confundam no discurso político contemporâneo, de um ponto de vista histórico, é possível dissociarmos os conceitos de patriotismo e nacionalismo. Afinal, o termo “nacionalismo” aparece pela primeira vez no final do século 18 e ganha força no século 19, em estreita relação com o romantismo e com a própria consolidação do Estado-nação . O termo patriotismo, em contrapartida, possui uma longa história.

No século 18, os pensadores iluministas pensavam o patriotismo como um sentimento de amor à própria terra, digno das repúblicas e dos homens livres, e não estaria, de forma alguma, associado à ideia de “soberania da nação” ou de submissão a um Estado ou governo.

Naquele momento, a grande referência eram os holandeses, que se autodenominaram “patriotas” na longa luta, a um só tempo político-econômica e religiosa, contra os espanhóis (1568-1648). O escocês Adam Smith (1723-1790), na “Teoria dos Sentimentos Morais”, recorreu à história romana para dizer que existem dois tipos de patriotismo: o patriotismo de Catão, “de espírito forte, porém tosco”, que busca destruir as outras nações; e o patriotismo de Cipião, “expressão liberal de um espírito mais ilustrado e mais amplo”, o qual é solidário aos outros povos.

O verdadeiro patriota, diz Smith, é o britânico que se felicita com a prosperidade “da China ou do Japão”. O verdadeiro patriotismo, em suma, não é inimigo do cosmopolitismo, mas é por ele complementado. Por isso, [Immanuel] Kant [1724-1804] chamava de “ verdadeiros cosmopolitas ” aqueles que buscavam o bem estar do mundo inteiro sem, com isso, sacrificar o amor a própria família e a pátria ou abandonar a própria identidade. O verdadeiro patriota, portanto, é favorável ao debate e à crítica, pois eles promovem o bem comum. Se concordarmos com Kant, podemos dizer que o patriotismo, embora exista, é algo raro nos meios políticos.

Foi durante a Revolução Francesa que, para desqualificar os revolucionários, o abade Augustin Barruel (1741-1820), um dos primeiros pensadores reacionários da história, em suas “ Memórias para Servir na História do Jacobinismo ” (1797), utilizou o termo “nacionalismo”: “o nacionalismo ocupou o lugar do amor geral (…) Foi assim permitido desprezar os estrangeiros, enganá-los e ofendê-los”. Para ele, o nacionalismo era o oposto do patriotismo, pois associava-se a um amor cego ao estado e ao ódio aos estrangeiros, tudo em nome do “povo” e da “vontade geral”. A palavra nacionalismo, assim, surgiu de maneira pejorativa.

A despeito das opiniões de Barruel, é fato que a ideia de nacionalismo ganhou força no século 19. Após a Revolução Francesa e outras várias revoluções na Europa e América, o rei e a tradição deixaram de ser o sustentáculo das comunidades políticas. A partir de então, por que deveria eu obedecer ao poder, se ele não é mais fruto de uma tradição ou governado por alguém escolhido por Deus? Nesse momento, foi preciso criar uma nova forma de legitimidade para o Estado, e daí vem a calhar a ideia de nacionalismo. São inventadas novas tradições, são criados símbolos, busca-se padronizar as línguas nacionais e, sobretudo, é forjada a ilusão de que todos os povos de um determinado território têm um passado em comum. Nesse sentido, o projeto jacobino de escolarização universal, ao difundir narrativas específicas sobre a nação para as crianças, tem um papel central. A ideia de nacionalismo, como sintetizou [o historiador] Luis Edmundo Moraes , da Universidade Federal Fluminense, estaria ancorada em três ficções: a ideia de que existe um “povo” único ao longo da história; a ideia de que existe um “povo” com características próprias e exclusivas; a ideia de que apenas o Estado soberano pode perpetuar essa unidade.

Esclareço a partir de um exemplo. Em “A Democracia na América” (1835) , Alexis de Tocqueville (1805-1859), retratava a pluralidade como um dos traços essenciais dos EUA. Para ele, o fato de a nação ter sido construída em grande parte por imigrantes com distintas religiões é um dos fatores que, aliado à grande disponibilidade de terras e à ausência de Estados vizinhos, inviabilizou a existência de uma nobreza e consolidou uma ideia específica de liberdade e igualdade. O autor do principal panfleto pela independência dos EUA, Thomas Paine [1737-1809], era ele próprio um imigrante e um abolicionista. Portanto, um nacionalismo pouco inclusivo e baseado na exclusão dos imigrantes, como defendido por diversos setores hoje nos EUA, só é possível a partir de um esquecimento específico do passado e a partir de uma construção historicamente equivocada do que é o “povo” americano. A verdade é que a história do povo americano é marcada pela escravidão, por um dos maiores processos de imigração da história e pelo massacre sistemático das populações indígenas.

Como os políticos podem usar o patriotismo em seus discursos?

DANIEL GOMES DE CARVALHO Novamente, se me permite, farei uma breve digressão histórica para responder. Vimos que esse “povo” idealizado nos discursos nacionalistas ou patriotas – utilizo aqui os termos como sinônimos, já que esse é o uso que se faz no presente – não existe. A verdade é que as nações humanas são caracterizadas, no presente e no passado, pela desigualdade e pela diferença, e são atravessadas por formas seculares de exploração e violência.

O patriotismo do século 18 buscava conciliar a ideia de amor à terra dos pais com um projeto cosmopolita. O nacionalismo dos séculos 19 e 20 teve como objetivo apagar as diferenças e criar a noção de que cada país possui traços próprios. É por isso que Benedict Anderson (1936-2015) definia a nação como uma “comunidade imaginada”, de modo que “a essência de uma nação consiste em que todos os tenham muitas coisas em comum e, também, que tenham esquecido muitas coisas.”

‘A HISTÓRIA ESTÁ LONGE DE SER UM PROGRESSO DA TIRANIA EM DIREÇÃO À LIBERDADE, COMO JÁ SE SUSTENTOU’

Se toda nação é feita mais de esquecimentos do que de lembranças, o discurso nacionalista pode ser utilizado pelo Estado ou pelas classes dominantes para dizer que essas diferenças, explorações e violências não existem. Em outras palavras, em vez de percebermos as injustiças que sofremos por sermos negros, mulheres, operários ou nordestinos, eu as esqueço para servir “à nação”. Por isso, Eric Hobsbawm (1917-2012), em “ A Invenção das Tradições ” , definiu o nacionalismo como “uma construção mental imposta à realidade social para a estruturar, e que procura agrupar elementos igualmente heterogêneos”. O nacionalismo, assim, seria uma forma de ideologia, que poderia ser utilizada para nos coagir a determinadas ações e servir a interesses específicos.

Os exemplos mais agudos desse uso, sem dúvida, estão no século 20. No século 17, John Milton (1608-1674) escreveu “Areopagítica” , clássica defesa – dentro dos limites de sua própria época, claro – da liberdade de expressão e de imprensa. Nesse texto, o autor sustentou que o dissenso é o pai de todo o progresso: todas as discordâncias, longe de enfraquecerem a nação, são aquilo que a faz progredir, por meio do debate racional e da crítica. O ditador italiano Benito Mussolini, no século 20, disse o inverso: toda diferença enfraquece a nação e, por isso, é uma erva daninha que deve ser removida. Com efeito, em um dos seus mais conhecidos escritos, sustentou que “um graveto se quebra facilmente, mas não um feixe, símbolo de unidade, força e justiça”. Isso nos mostra, diga-se de passagem, que, infelizmente, a história está longe de ser um progresso da tirania em direção à liberdade, como já se sustentou.

No regime de Hitler, essa concepção é levada às últimas consequências: o povo alemão só se efetiva a partir da exclusão do outro, de forma que o extermínio físico e simbólico das diferenças acaba por ser a própria maneira de forjar a nação e fortalecer a pátria. A ideia de nacionalista, então, conhece aqui sua forma mais violenta e excludente. Embora Karl Marx, em seus textos, tenha se oposto com veemência ao nacionalismo chauvinista, não foram poucas as vezes que o século 20 testemunhou aparatos estatais, dirigidos pela esquerda, excluindo uma dissidência a pretexto de preservar a revolução materializada pelo estado.

Mas a ideia de nacionalismo, embora tenha surgido em estreita ligação com o Estado e uma burguesia em ascensão, está longe de ser estanque. Essa ideia possui uma história, e já foi apropriada também pelas próprias dissidências que ele muitas vezes perseguiu. Podemos pensar, na atualidade, nos nacionalismos centrífugos, como o catalão ou o escocês . Durante a Guerra Fria (1947-1991), sobretudo no Terceiro Mundo, os chamados “nacionalismos de esquerda” ou “nacionalismos anti-imperialistas” também foram utilizados como armas de contra inimigos específicos. Nesse sentido, trata-se de esquecer as diferenças – nacionalismo, reitero, sempre diz respeito mais a esquecimentos que lembranças – para promover a industrialização do país, para garantir a igualdade social ou para unir o povo contra uma invasão estrangeira. Encontramos isso, por exemplo, na Iugoslávia de Tito, na Cuba de Fidel Castro ou nos exércitos da Índia e do Vietnã.

Por que voltou-se a falar tanto em patriotismo no Brasil?

DANIEL GOMES DE CARVALHO É evidente que toda essa discussão assume cores bastante particulares se pensarmos no caso brasileiro, um país que detém uma das maiores desigualdades do mundo. Trata-se de um país que conviveu, na maior parte de sua história, com a escravidão, com uma profunda desigualdade social e com o genocídio dos povos indígenas. Como falar em nacionalismo em um país no qual uma parte do país massacrou a outra? Como unir povos que, historicamente, nunca foram unidos? Na atualidade, como dizer que fazem parte da “nação” brasileiros que vivem na pobreza extrema, abandonados por seus pares? A propósito, na semana passada, vi um jornalista de uma grande rede de televisão brasileira comentar que o “discurso do nós contra eles” foi inventado por governos recentes; uma breve visita à história do Brasil seria suficiente para demonstrar o absurdo dessa afirmação.

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