Durante o século XX, o mundo conhecia o desenrolar da guerra em praticamente três planos de atuação: o mar, o ar e a terra. Com a chegada do século XXI, pode-se observar países como EUA, Rússia, China, Índia e Israel a obter destaque nos domínios informacional, espacial e do ciberespaço. Recentemente, a Índia anunciou ao mundo a possibilidade de se abater um satélite no espaço e o Presidente americano Donald Trump autorizou a criação da Força Espacial dos Estados Unidos, com o orçamento de oito bilhões de dólares para os próximos cinco anos a ser submetido à aprovação do Congresso dos EUA. De forma similar, observa-se no mundo a crescente utilização de ataques cibernéticos a grandes multinacionais e até mesmo a órgãos federais de diversos países com o objetivo de se obter dados privilegiados ou causar danos e prejuízos financeiros civis e militares.
Hoje, o mundo baseia-se na tecnologia de inteligência artificial para a resolução de problemas em vários campos da vida como a medicina, o turismo, a segurança pública e o militar. O país, assim como seus órgãos institucionais, que não se aproximar de soluções que passam pelo uso da inteligência artificial estará caminhando para o insucesso, mesmo sendo possuidor das melhores ideias a serem implementadas nos diversos setores da sociedade moderna.
Voltando ao papel a ser desempenhado pelas Forças Armadas do Brasil no futuro, percebe-se que os acontecimentos ocorridos nos combates do século XXI pelo mundo nos mostram a necessidade do desenvolvimento de novos armamentos, novas capacidades marítimas, aéreas e terrestres e de novos estudos de casos militares voltados para um “novo combate” que ora se apresenta.
Ao tentar responder às duas primeiras indagações feitas no início deste artigo, infere-se que os atuais Projetos Estratégicos desenvolvidos pelas Forças Armadas são um primeiro passo para o futuro. No entanto, a busca incessante para o desenvolvimento de outros armamentos e novas capacidades deverão manter o Brasil como destaque militar regional de dimensão compatível com a estatura político-estratégica do País. Da mesma forma, nota-se que os militares brasileiros sabem da necessidade de maior incremento tecnológico nos armamentos a serem utilizados daqui para afrente. A discussão de casos atuais em bancos escolares no âmbito militar já é um incremento de sucesso e um bom início para o despertar de soluções de problemas militares inéditos que caracterizam os combates do século XXI.
Por fim, nota-se que os conflitos modernos têm mostrado ao mundo que, cada vez mais, o combate será baseado na capacidade tecnológica que o País possui. A geração de capacidades de forças militares baseadas em alta tecnologia será o grande fator determinante para um País participar do “jogo no tabuleiro geopolítico” ao redor do mundo. Desta feita, a sociedade brasileira pode ter a convicção de que seus militares, atentos a esta questão, estão diuturnamente aprimorando suas capacidades, cientes da necessidade do desenvolvimento de tecnologias e assim fazer do País um ator militar importante e respeitável no âmbito mundia .